27 outubro 2013

Para os primeiros raios de luz da manhã

Eu vi um passarinho azul. Voltava para o ninho, ao fundo a Baía de Todos os Santos. Você me falava que fotografia é escrever com a luz, e do alto da Cidade Alta vi que esta terra, e também esta Terra, são o ponto mediano entre o material e o espiritual. A espontaneidade corpórea, o ar zombeteiro dos meninos da praia, e esta sexualidade aflorada que um dia sim, viraram revolução, como previu Focault aqui, descrevendo com as Luzes. Você me falava de uma Bahia antiga, ele só tomava coca-cola e pensava em casamento, os cabelos eram longos e o dinheiro curto. Eu pensava em cidades medievais, sete portas para sair, e uma igreja de quinze mistérios. Você diz saber um, do tempo, e acho que sei outro, dos encontros, mas o mistério só existe enquanto tal. Se descobrir, perde.

16 outubro 2013

Areia de capitães

Na Cidade Baixa, roubavam beijos e compravam frutas.