26 novembro 2007

Hell hath no fury...

Em São Paulo, assim como na guerra, é bom esperar barulho depois de pisar numa mina.

19 novembro 2007

O jogo

Sempre me impressionou a habilidade de algumas pessoas em criar piadas e jogos. Pensando nisso, após muitos anos, e a muito custo, desenvolvi finalmente um jogo. Pode ser jogado sozinho, tem apenas uma regra, explícita no nome: Reclamou, perdeu.

É simples, fácil, e pode ser jogado em qualquer lugar, por qualquer um, a qualquer hora. Criei táticas que facilitam a assimilação, apesar da experiência deste jogo ser essencialmente individual, e seu maior adversário ser você mesmo. O método consiste em acordar de manhã e se propor o desafio de não reclamar, de nada, em nenhum momento do dia, independente do motivo.

Reclamou, perdeu.

Até hoje só consegui ganhar uma vez, por sorte, em um dia afônico.

PS: Estou desenvolvendo a evolução deste, chamado de Reclamou, perdeu Total, no qual nem pensamento vale. Mas duvido que alguém de fora do Tibet ganharia uma vez que seja.

Acapulco daqui a pouco

Vinte minutos após a decolagem:
- Quieres algo más, señor?
- Aeromoças mais gatas, se possível.
- Como?
- Jugo de naranja sin hielo, por favor.

12 novembro 2007

Animal Futebol?

Entre a exuberância e a técnica, qual você escolhe? Essa pergunta singela esconde uma complexidade tamanha, que ainda não consegui uma resposta convincente. Resume, em si, uma das maiores contradições que nossa vã filosofia pode atingir.

Aplicando-a ao bom e velho esporte bretão, escolha: um time que dá espetáculo, levanta a galera, e joga bonito, mas não é tão eficiente, ou um time que não joga bonito, mas ganha tudo, nem que seja por um a zero?

Há influências históricas na questão, e creio que hoje a maioria apontaria a eficiência, pelo simples fato que o objetivo maior (o campeonato) é o que interessa no fim das contas. Mas há aqueles que acreditam que é mais gostoso ver seu time perder um campeonato dando show, a sagrar-se campeão jogando um futebol mecânico.

É possível fazer analogias diversas, pois a questão é, no fundo, uma metáfora da vida. Já vi, inclusive, colegas comparando loiras e morenas sob esta ótica, com resultados que contradizem suas predileções futebolísticas.

A melhor comparação veio, inesperadamente, da colega do divã, que acha mais legal a expectativa da torcida no estádio, o lamento do Uhhhh! geral quando a bola passa rente à trave, ao grito eufórico e definitivo do gol. Ou seja: o uhh! é o sexo tântrico, e o gooool! é a ejaculação.

E aí, qual você escolhe?