07 março 2018

Lendemain

É tudo para que você não morra, baby. Os cigarros na sala de espera, a espera pela noite ainda na madrugada. Os dias de choro, as noites de sono, os rouxinóis. É tudo para que você não morra, baby. As migalhas paridas de pão dormido, as vestes sujas e cara de óbice. Os passos lentos e compassados, o salgado da manhã, a fita da tarde. Os meios, os freios, os olhos. Esse caminhar distópico, essa vida insone, esse marulho. O infinito que mora longe, o farfalho, o suspiro. E é tudo para que você não morra, baby.