30 agosto 2011

Rouanet

Tenho um projeto para um beijo, esperando patrocínio.

03 agosto 2011

Vida

Há assassinos no fim da estrada. E chaminés, e roupas, e modas e modernos. Há assassinos no fim da estrada. E ladrilhos, triciclos, reinações, amoreiras e tripa de mico, e estilingues e janelas. Há assassinos no fim da estrada. E velocidade e ladeiras e testes e textos, primeiros começos e catedrais. Há assassinos no fim da estrada. E sonhos e sortes, cartas e carências, amigos perdidos e flores no caminho. Há assassinos no meio da estrada. E matéria, motores e mentes, e olhares e óculos escuros, e intenções e veleiros. Há assassinos no fim da estrada. E resignações, amores, sons do mar e providências. Há assassinos no fim da estrada. E aves, peixes e pratos, cinemas e filmes e fôlegos e perdas e respirações exasperadas. Há assassinos no fim da estrada. E natais, fogos de artifício e hospitais, e lágrimas e cantos, e violões e castelos. Há assassinos no fim da estrada. E paus, e pedras e caminhos, e doces e adstringentes, e cores e notas musicais. Há assassinos no fim da estrada. E chás e fantasmas, e troféus, e medos e memórias. Há assassinos no fim da estrada.