30 maio 2008

Nunca diga eu te amo 3

Porque meu lado esquerdo do peito foi loteado, e você ficou com a vista para o mar.

16 maio 2008

Para apontar um dedo

O julgamento moral é o mais complicado que existe. Qual a régua da medida do caráter dos outros? Se tem uma coisa que gosto em escândalos midiáticos é que eles forçam o público a manter a hipocrisia, mormente com o "quem diria, hein?" ou o clássico "Até tu?".

Fatos e dados: Tem que ter muita moral para julgar quem quer que seja. Não conheço ninguém que tenha.

As palavras ficam, ferem e fecham, quando mal ditas. Prefiro as não ditas. Na dúvida, a balança da alma pende para o lado da mágoa.

Para apontar um dedo, há sempre três apontado para você.

E isso diz tudo.

05 maio 2008

Último ano de nossos vinte e poucos

A grande amiga mme. Rocamadour fez vinte e tralalá ontem. Lembrei hoje, no mesmo dia em que encontrei quatro fios de cabelos brancos (ainda acho que são apenas muito loiros) em minha cabeça.

Lembrei de um pacote de bolachas que levei para ela quando esteve doente (na época havia o slogan "Biscoito São Luis, coisa de amigo!"), da fita K7 do Jovanotti que ganhei de presente certa vez (ainda a tenho em algum lugar), e de como não pensávamos em absolutamente nada naquelas semanas de folga do cursinho.

Dez anos se passaram, estou pensando em comprar uma moto, ela casou e vai muito bem, obrigado, mudei de cidade, de silhueta e de perspectiva, ela preferiu ser feliz a ter razão, eu começo a repensar esta escolha, ela é meio argentina e quer fazer cinema, eu sou meio italiano e ainda não consegui morar em Paris.

No último ano de nossos vinte e poucos, poucos vinte para nossos anos últimos.