É uma fresta
Os meus desejos pedestres, seus delírios insanos, nossa culpa consciente. Vontade de fazer o bem, tentando mudar um roteiro que nunca termina. Nosso banquete móvel não é em Paris, mas não deixa de ser uma comemoração. Não nos perderemos na tradução, nem em nenhum dos 19 arrondissements. Talvez fiquemos para a temporada de espetáculos, ou fingiremos nos entediar com a demora para o inverno. Nada de visões que compensem a pobreza, falaremos de jazz, literatura barata, e do próximo bar a se embriagar. Vamos ler o Le Monde em algum café metido, e mentir para os amigos que somos vizinhos do Chico. Fugir nas datas festivas, para voltar só no fim de maio, com a primavera.
5 Comments:
Belo texto. A inspiração deve ter valido a pena muitíssimo.
e é meio uma farsa.
gosto especialmente de, no meio disso tudo, querer fazer o bem em um roteiro que nunca termina.
em tempo: a farsa, ou o ar afetado, é natural e indispensável ao roteiro.
só pra não deixar dúvidas.
Não escreve muito, mas quando se mete a digitar é um deleite... Paris é mesmo uma festa, já diria Hemingway...
Não entendi muita coisa, mas gostei. Ficou bonito!
A.S.
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