Serventia da casa
Na bodega de Bogotá ouvia-se o rádio enquanto as portas se fechavam em tom de bolero. A mão estendia na mesa um velho Varga Llosa enquanto se encontravam, compassadas, uma lágrima e um refrão: Dejaste abandonada la ilusión... Um frio no peito de o miolo congelar. Sem perdedores, apenas vítimas. Abismos feitos de lençóis. A poesia acabara, tinham certeza, na complacência do olhar. Que había en mi corazón por ti. Dizia o monge em nome do Rosa, que essa querequerência, esse maismais depende de vibrar na mesma frequência. Há muito já nem vibravam. Pensavam em sair por aí, sem ter onde ir nem para onde voltar. Nem lembravam porque mesmo. Havia no ar a sensação do verão quando quer ir embora. O que havia sido já não é. E o que é já havia sido. Findo o silêncio, nada a dizer. Até um gesto qualquer é melancólico. Tudo seria absurdo, se não fosse verdadeiro. Na carne. Na cara. Sem dó. O mesmo som em outra estação. Pero es que no supiste soportar, las penas que nos dio, la misma adversidad, así como también, nos dio felicidad, nos vino a castigar con el dolor.
7 Comments:
muito bonito, vizionário.
nada como vibrar na mesma freqüência..
indiscutivelmente lindo.
(canalha e dramático e poético... lindo mesmo.)
el condor pasa
lindo mesmo, esse último principalmente.
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Keep up the good work. thnx!
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Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
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