09 fevereiro 2006

Take the long way home

Ela teria que mudar de cidade. Fizera vestibular longe de casa só para ter que se mudar. Livre aos dezessete. Contra todas as tiranias insanas. As suas. A família vai bem, obrigado. O grito não era esse. A voz simplesmente queria outros sons, outras platéias. Nem maiores, nem menores. Diferentes. O medo de ser feliz longe de casa. A vontade do primeiro amor. Cada paisagem na janela do trem que corre parece uma figurinha de álbum antigo. O ciclo do vapor e as batidas do coração. Sem mais paisagens bucólicas, amanhacer com alvorada. Pensar que a vida tem que ser mais do que isso. Tem que ser mais do que esse horizonte. Mais.