05 maio 2007

Crônicas de um tornado

Não quero ser o algoz dos seus sonhos, tampouco o semeador de desilusões. Não serei falso profeta de apocalipses futuros. Quero ser como a brisa ligeira, brejeira, que sopra as boas novas ao pé do ouvido. Vento da tarde espreguiçado na varanda, domingo de sol na praia. Sem contra-tempos ou muitos planos. Sem saber que amanhã, e por que ontem. Sem rimas nem soluções. Quero vir como um pensamento bom inesperado, às três da tarde de uma quinta-feira. Refletir o brilho borrado de olhos visitantes. Lutar contra a tirania dos momentos sórdidos, viver cada minuto no compasso dos beija-flores. Não direi realidades, não passarei seu passado. Nem nunca pedirei calma, nem trégua nem nada. Quero ser livre, livro lido e guardado no peito. Ser sempre, mas só de vez em quando.

7 Comments:

Blogger insone said...

é a melhor solução sobre a qual fui informada até agora. de verdade.
bjo

9:59 AM  
Anonymous Anônimo said...

Um rio límpido e de águas tranquilas, que nos refresca mas que não se represa. Te sinto assim, um peixe. Meu peixe.
Beijos

2:32 PM  
Anonymous Anônimo said...

É boa essa sensação.....como se o vento lhe acariciasse por entre os dedos....fica o perfume de tudo....só o lobo límbico a te lembrar que isso um dia passou e de tão suave e leve nunca se apagou....Lise

11:48 PM  
Blogger Mariana Sanchez said...

Linda crônica. Quase um vento.
Treinando pra ser Fernando Pessoa?

5:15 PM  
Anonymous Anônimo said...

Hoje, estou sentimental com saudade do mar e do horizonte

o sol e sua imensidão conhecem meu tamanhozinho,
mas se deitam e gozam, dengosos, sobre minha pele


é a última chance!

é a última chance!

e delicio-me na água morna, no mar sem fim, sem tempo, sem hora
Ahhhh, ele me namora e o vento é quente, abraça meus cabelos, leva minhas idéias

sou apenas eu
e o dia diz: é ... é apenas você.

2:44 PM  
Anonymous Anônimo said...

Hoje, estou sentimental com saudade do mar e do horizonte

o sol e sua imensidão conhecem meu tamanhozinho,
mas se deitam e gozam, dengosos, sobre minha pele


é a última chance!

é a última chance!

e delicio-me na água morna, no mar sem fim, sem tempo, sem hora
Ahhhh, ele me namora e o vento é quente, abraça meus cabelos, leva minhas idéias

sou apenas eu
e o dia diz: é ... é apenas você.

2:44 PM  
Blogger dna said...

lindo...http://caretadetarjapreta.blogspot.com/2008/09/meia-noite-e-pouco.html
esse é o meu, bem, um esboço talvez.bj

4:12 PM  

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